É uma pessoa colectiva de direito privado, sem fins lucrativos, constituída sob a forma legal da Associação Cultural e de Intervenção Cívica
Pessoas singulares ou colectivas: da região duriense, que aí tenham as suas raízes ou que, simplesmente, se identifiquem com o valor patrimonial do Douro Vinhateiro, como paisagem cultural de carácter verdadeiramente excepcional, e que estão dispostas a um empenho activo a favor da sua promoção, valorização e salvaguarda.
A Liga tem consciência da sua utilidade pública e por isso procurará contribuir para a projecção dos atributos de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro, conforme o reconhecimento, delimitação e critérios da UNESCO e, em especial, contribuir para o desenvolvimento social, cultural e económico da região duriense e dos seus habitantes.
A Liga assumirá uma intervenção de natureza cívica e responsável no sentido de contribuir para a projecção nacional e internacional do Alto Douro Vinhateiro;
A Liga procurará contribuir para atracção de actividades e investimentos que apoiem o desenvolvimento do Douro e sejam compatíveis com o seu atributo de Património da Humanidade;
A actuação tanto se fará no sentido de estimular e exaltar as intervenções de qualidade, com carácter exemplar, como denunciará formas negativas que descaracterizem, desvirtuam ou lesem o conceito de Património Mundial;
A Liga deverá mobilizar todos os meios ao seu alcance para aprofundar e difundir um maior conhecimento sobre o Douro vinhateiro: organizará publicações, conferências, debates, acções de sensibilização, acções de formação básica ou especializada que se conformem com os fins da Associação;
A Liga privilegiará uma actuação em parceria com outras instituições públicas ou privadas, que reconheçam útil um trabalho conjunto, a favor de uma intervenção qualitativa no Douro, tanto física como territorial, que valorize a paisagem, que garanta a evolução e o crescimento equilibrado e justo em termos económicos e sociais.
Os três grandes domínios de actuação serão: Formação, Informação e Promoção, Intervenção Pública;
As acções de Formação podem revestir um trabalho de sensibilização junto das Escolas Básicas e Secundárias da região, mobilizando os professores para a missão de ensinar aos mais jovens o valor da paisagem que os rodeia;
Encara-se dar apoio às instituições de ensino superior da Região para a organização de cursos de Verão e de pós-graduação sobre temáticas ligadas à valorização e intervenção no território duriense;
Pensa-se, inclusivamente, poder recorrer à concessão de bolsas para a realização de estudos sobre questões específicas que careçam de aprofundamento;
Admite-se organizar um programa de preparação de intermediadores de base local para trabalharem junto dos viticultores da região em conjugação de esforços com as suas organizações de produtores (Adegas Cooperativas, Associações, etc.);
No domínio da Informação e Promoção o envolvimento da Liga em iniciativas por si organizadas ou da responsabilidade de terceiros, pode ser muito variado: criação e manutenção de um “site” na “Internet”, apoio na rápida execução do plano de sinalização turística, reforço da rede de pontos informativos, apoio a iniciativas de carácter inovador, lançamento de campanhas de promoção do Douro a nível regional, nacional e internacional;
A Intervenção Pública será pontuada por um conjunto de actuações de natureza cívica que contribuam para o exercício de uma cidadania responsável, que seja vigilante no sentido de denunciar acções negativas, mas que saiba exaltar os casos bem sucedidos, que possam ser mostrados como bons exemplos de transformações que valorizaram a paisagem vinhateira;
A Liga entende que, dada a elevada sensibilidade ambiental e visual do Douro Vinhateiro, é indispensável que perante cada nova intervenção na zona classificada do Douro (instalação de uma nova área de vinha com dimensão significativa, implantação de uma estrada, de um equipamento urbano, de novas edificações, etc.) os diferentes organismos públicos, com competências sectoriais específicas, compatibilizem previamente entre si as formas de actuação;
Considera que em cada intervenção, seja de carácter isolado ou de natureza sectorial escrita, é necessário garantir que a coerência física da paisagem se mantenha globalmente, o que só pode ser alcançado se a abordagem for integradora dos diversos factores em jogo;
A Liga é de opinião que deve ser desenvolvida uma atitude colectiva de respeito pelos instrumentos de planeamento que estão em fase de aprovação e em breve estarão em aplicação objectiva, como é o caso do PIOT – Plano Intermunicipal de Ordenamento de Território;
Porém, para que as orientações do PIOT sejam operativas deverão ser prontamente transpostas para os PDM’s – Planos Directores Municipais – relativos aos concelhos com áreas abrangidas pela zona objecto de classificação, a fim de vincularem por entidades públicas e privadas aos princípios definidos;
A Liga tem consciência do papel decisivo que está reservado às autoridades locais – Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia – pelo que se disponibiliza a apoiar acções de sensibilização onde a parceria e a colaboração destas com a sociedade civil for julgada conveniente;
A Liga considera que é importante mobilizar activamente os proprietários do Douro, afinal os donos das parcelas que compõem a área classificada, para uma participação consciente e empenhada na defesa do bem que representa o atributo de Património Mundial;
Os viticultores e a população residente foram, ao longo da história do Douro, os obreiros da escultura majestosa que a paisagem cultural representa, e são os que no dia a dia continuam a transformar o solo vinhateiro, devendo assumir conscientemente a sua responsabilidade.
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Câmara Municipal de Armamar
Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães
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Câmara Municipal de Sabrosa
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Câmara Municipal de S. João da Pesqueira
Câmara Municipal de Tabuaço
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa
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